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Piel Canela

de Walter Wanderley

Cai do céu de outono a chuva clara
Sobre a tarde que se encerra
Com perfume de folhas, de terra
Sobre o abandono, a alegria
Sobre o mar turvo, a poesia
Sobre as trevas, o luar

Tudo se agita, esconde a tristeza
Desta chuva clara de outono
Meu amor está em outros braços
Por direito, mas bem sabe
Por destino, eu sou seu dono

Sonha um sonho lindo no ombro do seu bem
Pensa que estou indo, porque você não vem
Onde você se escondeu? Quero te encontrar
E esta chuva fina que insiste em não parar

E o desespero me faz querer gritar
O teu nome ao vento, querendo te encontrar
Mas não vou gritar seu nome pra ninguém saber
Vou dizer somente que te amo

Cai do céu de outono a chuva clara
Sobre a tarde que se encerra
Com perfume de folhas, de terra
Sobre o abandono, a alegria
Sobre o mar turvo, a poesia
Sobre as trevas, o luar

Tudo se agita, esconde a tristeza
Desta chuva clara de outono
Meu amor está em outros braços
Por direito, mas bem sabe
Por destino, eu sou seu dono

Sonha um sonho lindo no ombro do seu bem
Pensa que estou indo, porque você não vem
Onde você se escondeu? Quero te encontrar
E esta chuva fina que insiste em não parar

E o desespero me faz querer gritar
O teu nome ao vento, querendo te encontrar

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