Aos amores
de Sergio Godinho
A vida que tudo arrasta, arrasta os amores também
Uns dão à costa, exaustos, outros vão mais além
Navegadores, só solitários dois a dois
Heróis sem nome e até por isso heróis
Desde que o John partiu, a Rosinha passa mal
Vive na Loneley Street, Heartbreak Hotel, Portugal
Ainda em si mora a doce mentira do amor
Tomou-lhe o gosto ao provar-lhe o sabor
Olha os amores são facas de dois gumes
Têm de um lado a paixão, do outro os ciúmes
São desencantos que vivem encantados
Como velas que ardem por dois lados
Aos amores
Aos amores
Aos amores
Aos amores
No convento as noviças cantam as madrugadas
E a bela monja escreve cartas arrebatadas
É por virtude tua que tu és o meu vício
Por ti eu lanço os ventos ao precipício
O Rui da Casa Pia sabe que sabe amar
Sopra na franja, maneira de se pentear
Vai à posta restante para ver quem lhe escreveu
Foi uma bela monja que nunca conheceu
Olha os amores são facas de dois gumes
Têm de um lado a paixão, do outro os ciúmes
São desencantos que vivem encantados
Como velas que ardem por dois lados
Aos amores
Aos amores
Aos amores
Aos amores
(Desordeiros, irresistíveis, deleituosos, entranhantes
Verdadeiros, evitáveis, buliçosos, como dantes
Bicolores, transgressores, impostores, cantadores)
A Marta, quinze anos, vê na televisão
Um beijo igual ao que ontem deu dentro do vulcão
Faz baby-sitting à espera de parecer mulher
Quando é que o amor lhe explica o que dela quer?
Depois da dor, como conservar a inocência?
Leia um bom livro, legue as lágrimas à ciência
E parta o vidro em caso de necessidade
Deixe o seu coração ir em liberdade
Até que os amores são facas de dois gumes
Têm de um lado a paixão, do outro os ciúmes
São desencantos que vivem encantados
Como velas que ardem por dois lados
Aos amores
Aos amores
Aos amores
Aos amores
Desordeiros, irresistíveis, deleituosos, entranhantes
Verdadeiros, evitáveis, buliçosos, como dantes
Bicolores, transgressores, impostores, cantadores
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