Vanité vanité
de Prod. Riddiman
As luzes refletem
No asfalto molhado, as vidas se perdem
Don Kawboy na sombra, memória que pesa
Paraíba resiste, favela não quebra
Dona Lili senta na porta e relembra
O tempo levou o que a rua não nega
Filho criado na guerra e no vento
Crime é um laço que prende no tempo
Saudade que arranha na alma e no peito
A lágrima escorre sem fazer barulho
A favela grita, o silêncio responde
Quem sobe no morro já sabe o futuro
As luzes refletem
No asfalto molhado, as vidas se perdem
Don Kawboy na sombra, memória que pesa
Paraíba resiste, favela não quebra
No beco, a lei vem no estalo das botas
Tá tudo registrado, mas nada se nota
A mira é precisa, o alvo é o mesmo
Pobre sem nome, favelado sem preço
Eu corro ligeiro, pensamento afiado
Os muros conversam, os becos são dados
Mas Dona Lili não dorme tranquila
O filho que sai, nem sempre se vira
A vida é sentença, o tempo é juiz
Quem pisa no erro, não volta feliz
O crime é um livro sem última página
Quem lê até o fim já sabe o que diz
As luzes refletem
No asfalto molhado, as vidas se perdem
Don Kawboy na sombra, memória que pesa
Paraíba resiste, favela não quebra
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