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Zéro

de Mariluce

Ainda que o fruto da oliveira minta
Ainda que não haja ovelhas no curral
Ainda que não chova sobre a terra seca
Até que o mar se levante e sobrevenha o mal
Ainda que eu seja desprezado,
Caluniado e até mesmo esquecido.
Eu não vou temer tão somente porque
Sou um servo de deus, sou um homem ungido.

Um homem ungido de mão desarmada
Mata o urso e também o leão.
Enfrenta golias com uma pedrinha
E põe o gigante valente no chão.
Um homem ungido escolhido por deus
Faz coisas grandes tremendas aqui.
Toca o cajado nas águas do mar
E imediatamente faz o mar se abrir.

Ainda que eu não seja visto por homens
E com os pés quebrados fique em lodebar
Eu estarei de volta em jerusalém,
E na mesa do rei eu vou me assentar.
Meus inimigos eu verei por terra.
Tenho certeza deus luta comigo.
Eu ei de vencer a mais terrível guerra
Não perde batalha um crente ungido.

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