Mácula
de Jair Naves
Nas costas da minha mão
Lembrete apagado, um borrão
Conselho e também confissão: Eu não posso mais errar
Basta viver o suficiente
E todo mundo de algo se arrepende
Você mesmo se repreende
Eu não posso mais errar
Repousa quieta no meu peito e deixa o choro vir
Repousa quieta no meu peito, nada mais vai te afligir
Eu peço à minha consciência
Que insista na mesma advertência
Pelo resto da minha existência
Eu não posso mais errar
Repousa quieta no meu peito e deixa o choro vir
Repousa quieta no meu peito e deixa o sono vir
Repousa quieta no meu peito, nada mais vai te afligir
Tanta afobação
Tamanha inquietação
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