Deus do Furdunço
de Almir Sater
Foi no belo mato grosso a vinte anos atrás
Naqueles tempos queridos que não voltam nunca mais
Nas matas onde eu caçava um pequeno arbusto achei
Levando pra minha casa no meu quintal eu plantei
Era um belo pé de cedro pequenino em formação
Sepultei suas raízes na terra fofa do chão
Um dia eu parti pra longe amei e também sofri
Vinte anos se passaram em que distante eu vivi
DECLAMADO
Pedi pra virgem maria uma prece bem sentida
Zelai pelo pé de cedro que um dia eu plantei na vida
Quem sabe quando for tarde e alguem se lembrar de mim
Se lembre do pé de cedro que eu plantei lá em Coxim
Hoje volto arrependido para meu antigo lar
Abatido e comovido com vontade de chorar
E rever meu pé de cedro que está grande como um que
Mas é menor que a saudade que hoje eu sinto de você
Cresceu como cresce a mágoa cresceu numa força rara
Mas é menor que a saudade que até hoje nos separa
A terra ficou molhado do pranto que derramei
Que saudade pé de cedro do tempo em que te plantei
Guilherme Macedo *Campo Grande - Ms*
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